A vida mudou e está agora a considerar comprar uma casa que acomode a sua nova realidade? Para tal acontecer, é muito provável que tenha de recorrer a um crédito à habitação.
Se já tem uma casa em vista ou está a começar a pesquisar opções, aconselhámo-lo a ler este artigo até ao fim. Vai ficar a saber quais os requisitos essenciais que os bancos exigem para conceder um crédito à habitação. E, assim, aumentar a probabilidade de ver o seu empréstimo aprovado!
1. Reúna a documentação necessária para o pedido de crédito à habitação
Num pedido de crédito à habitação, vai ser-lhe solicitada bastante documentação. Eis alguns dos documentos que as instituições de crédito exigem:
- Cartão de cidadão;
- IRS e nota de liquidação;
- 3 últimos recibos de vencimento;
- Contrato de trabalho ou declaração de efetividade;
- Extratos bancários dos últimos 3 meses;
- Mapa de responsabilidades de crédito emitido pelo Banco de Portugal.
Ao reunir toda a documentação necessária e atualizada, vai acelerar o processo e reduzir a probabilidade de este ser devolvido por falta de requisitos.
2. Tenha um valor disponível para dar de entrada
Quanto mais alto for o valor que der de entrada para o imóvel, maior é a hipótese de aprovação do seu crédito à habitação.
Atualmente, os bancos financiam até 90% do valor da escritura, sendo que a percentagem do valor de avaliação varia de banco para banco. De modo geral, estes são os valores necessários para dar de entrada:
- Aquisição de apartamento ou moradia para habitação própria permanente: 10% no mínimo;
- Aquisição de apartamento ou moradia para habitação secundária: 20% no mínimo;
- Caso tenha um terreno e pretenda construir uma moradia, poderá conseguir até 100% de financiamento à construção;
- Se quiser comprar um terreno e construir moradia, há bancos que financiam até 90% a aquisição do terreno.
3. Considere os custos associados à compra de um imóvel
Além do valor da casa, há vários encargos associados à sua aquisição.
➤ Um dos mais pesados são os impostos, que podem chegar aos milhares de euros. São eles: o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e o Imposto do Selo (IS).
➤ Quando pede um crédito à habitação, os bancos exigem que tenha um seguro de vida e multirriscos. Mas não é obrigatório que os contrate com a entidade bancária que lhe vai conceder o empréstimo. Faça-o apenas se considerar que é mais vantajoso para si.
➤ Por último, vai ter ainda os custos associados ao processo de concessão do crédito à habitação e que variam, ligeiramente, de banco para banco.
Para uma melhor compreensão, veja as simulações abaixo referentes à compra de um apartamento no valor de 180.000€ com 20.000€ de entrada para um total de 160.000€ de financiamento:
BPI
- Registos prediais: 535€
- Documento particular autenticado: 488,55€
- Comissão de Dossier: 301,60€
- Comissão de avaliação: 239,20€
- Preparação de minutas para escritura: 197,60€
- Total: 1761,95€
Caixa Geral de Depósitos
- Comissão de estudo: 226,20€
- Comissão de avaliação: 239,20€
- Comissão de formalização: 202,80€
- Documento particular autenticado + registos: 915€
- Total: 1583,20€
Impostos (pagamentos ao Estado, pelo que não variam entre bancos)
- IMT: 3.512,81€
- Imposto de Selo sobre a compra: 0,8% x 180.000€ = 1440€
- Imposto de Selo sobre a verba financiada: 0,6% x 160.000€ = 960€
Aconselhamos que leia com atenção a Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE) quando receber uma simulação, pois aí vai encontrar as características do crédito à habitação e todos os custos associados.
4. Conheça outros fatores que favorecem o seu pedido de crédito à habitação
O processo de aprovação do crédito à habitação nem sempre é fácil. São vários os fatores avaliados e que podem comprometer a concessão do empréstimo. Por isso, tenha em consideração os seguintes aspetos:
- Ter dois proponentes é mais benéfico, pois representa um menor risco de incumprimento bancário. Caso uma das partes sofra um corte parcial ou total no rendimento, a segunda pessoa poderá assegurar o pagamento das prestações.
- A idade dos proponentes também tem influência. O que quer dizer que, a partir de certa idade, só poderá ter acesso a prazos de financiamento mais curtos.
- Ter uma situação económica e profissional estável aumenta a probabilidade de o banco conceder um empréstimo. Por isso, é aconselhável ter um rendimento regular e um contrato sem termo.
- Ter uma taxa de esforço baixa reforça as possibilidades de aprovação do crédito. Este indicador, que traduz a percentagem do rendimento familiar destinada ao pagamento das prestações de empréstimos, é utilizado pelas instituições bancárias para avaliar a sua capacidade financeira. O ideal é que não ultrapasse os 30%.
- Ter um histórico financeiro sem ocorrências é importante. É por isso que o banco solicita a apresentação do mapa de responsabilidades de crédito. Desta forma, averigua se tem dívidas ou se já teve problemas no pagamento de prestações anteriores.
- No caso de cidadãos estrangeiros, ter cartão de cidadão português ou visto de residência permanente (ao invés de temporário) é também abonatório.
Agora que já conhece as principais condições que os bancos verificam ao analisar um pedido de crédito à habitação, vai poder aumentar as suas hipóteses de aprovação.
Fale com a Go Crédito para ter o acompanhamento necessário ao longo de todo o processo. Queremos ajudá-lo a poupar tempo e dinheiro e a tomar a melhor decisão!