Trabalhar a recibos verdes ou ser trabalhador independente não é impeditivo de pedir um crédito habitação, apesar de poder ser mais difícil.
Nestes casos, como em todos os outros, o banco irá analisar as condições do cliente antes de conceder o crédito. Por essa razão, é necessário considerar alguns pontos importantes, tais como:
- Ter uma boa taxa de esfoço
Provar que possui rendimentos suficientes para pagar a sua prestação é um passo fundamental, sobretudo se trabalha sem contrato para outrem. Por isso, antes de fazer o pedido de um crédito, é importante calcular a sua taxa de esforço através dos rendimentos dos últimos 12 meses. Idealmente, a taxa de esforço deve ficar abaixo dos 33%!
É obvio que, caso tenha a taxa de esfoço baixa, rendimentos regulares, um historial de bom pagador, não possua dívidas no Banco de Portugal, terá boas hipóteses de ver o seu crédito aprovado, mesmo que trabalhe como trabalhador independente.
- Ter, no mínimo, 10% do valor do imóvel
Esta regra é geral, pois os bancos geralmente não financiam a 100% do valor do imóvel. E nestes casos, quanto maior for o valor que pode dar de entrada, mais probabilidades terá do seu crédito ser aprovado. Lembre-se que a estes valores deve acrescentar os custos processuais e os impostos (IMT e Imposto de Selo).
- Ter um fiador
Caso os seus rendimentos sejam irregulares, poderá necessitar de um fiador, uma vez que o risco de financiamento é maior.
- Ter um segundo titular
Também é uma regra geral. Por norma, os bancos privilegiam os pedidos de crédito com dois titulares, uma vez que o risco de incumprimento diminui. No caso de trabalhadores independentes, o ideal é que pelo menos um dos titulares possua contrato de trabalho.
De qualquer forma, é importante relembrar que cada caso é um caso e, nestas situações, a intervenção de um intermediário de crédito certificado e experiente pode ajudá-lo a encontrar as melhores soluções.