A aquisição de mais um imóvel pode ser uma forma de enriquecer o seu património. Seja para ter uma casa de férias num sítio especial, para investimento ou como fonte de rendimento. Contudo, para isso acontecer, é bastante provável que tenha de recorrer a um empréstimo para uma segunda habitação.
Existem alguns aspetos que convém ter em consideração antes de comprar uma nova casa. As condições e os requisitos de financiamento são diferentes das oferecidas para a aquisição da habitação principal. E o processo de aprovação também pode ser um pouco mais exigente, devido ao maior risco do empréstimo.
Para que possa tomar uma decisão informada e consciente, mostramos-lhe as principais diferenças entre um crédito para casa própria e um empréstimo para segunda habitação.
4 Diferenças na concessão de empréstimo para segunda habitação
1. Taxa de esforço mais elevada e maior controlo bancário
Se está a ponderar pedir um empréstimo para segunda habitação é essencial avaliar se tem capacidade financeira para cumprir com os encargos de um novo crédito.
Calcular a taxa de esforço é uma forma de fazê-lo, uma vez que esta reflete a relação entre o rendimento mensal do agregado familiar e as suas despesas. O ideal é que esta taxa não ultrapasse os 30% do rendimento familiar.
Se já tiver contratado um crédito para primeira habitação, a sua taxa de esforço vai ser mais elevada. E isto pode traduzir-se numa maior dificuldade de aprovação do pedido de crédito, o crescente risco de incumprimento bancário.
2. Prazo de financiamento mais curto no empréstimo para segunda habitação
Na concessão de empréstimo para segunda habitação, algumas instituições financeiras apresentam prazos de pagamento mais curtos, em comparação com os créditos para habitação permanente.
De modo geral, os bancos dão um prazo que varia entre 30 a 40 anos, dependendo da finalidade da compra: para arrendamento ou para residência secundária, respetivamente.
Antes de pensar em pedir um empréstimo para segunda habitação, equacione quantos anos faltam para pagar o crédito da sua primeira casa e qual a taxa de esforço que essa aquisição vai implicar. Além disso, tenha em atenção que os créditos com prazos mais longos podem ter prestações mais baixas, mas são, geralmente, mais caros.
3. Spread e TAEG mais elevados
Por norma, os bancos apresentam um spread mais elevado no empréstimo para segunda habitação. Isto acontece, porque esta é uma forma de as instituições de crédito se precaverem face à possibilidade de incumprimento por parte do cliente.
Por sua vez, um spread mais alto faz aumentar a taxa anual de encargos efetiva global, a chamada TAEG. Este é o indicador ao qual deve prestar atenção na compra de um imóvel, uma vez que pondera todos os custos do crédito sob a forma de percentagem anual do montante do empréstimo.
O TAEG considera não apenas os juros, mas também os restantes custos com comissões, impostos, seguros exigidos e outros encargos.
4. Montante de financiamento mais baixo
Por norma, um crédito para a aquisição de habitação secundária tem um montante máximo de financiamento mais baixo do que um crédito para primeira habitação.
É aqui que o indicador Loan-to-Value (LTV) vai ter influência. O LTV é usado pelos bancos para analisar um pedido de crédito à habitação e determinar o montante de empréstimo a conceder. Na prática, é um rácio entre o financiamento (valor do empréstimo) e a garantia (valor do imóvel).
É o LTV que vai definir quão alto é o risco que o banco assume ao emprestar uma quantia tão elevada. Por isso, quanto maior for o risco, maior é a probabilidade do spread ser também mais elevado. Uma alternativa, é ter um montante considerável para dar de entrada para o imóvel, por forma a conseguir um LTV mais baixo.
Por recomendação do Banco de Portugal, o LTV não deve ser superior a 90%, pelo que várias instituições não ultrapassam os 80% de empréstimo face ao valor da avaliação.
Ainda assim, a percentagem do montante máximo financiado varia de banco para banco, pelo que é aconselhável comparar as várias ofertas por forma a encontrar a mais benéfica para si.
Como viu, pedir um empréstimo para segunda habitação pode não ser uma tarefa fácil. Mas não se preocupe. A Go Crédito pode orientá-lo ao longo de todo o processo. Fale connosco e tenha o acompanhamento que precisa!